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Sabe com quem está falando?

Empresários dão Muita Atenção aos Negócios e se Esquecem das Pessoas.

Estamos sempre aprendendo e gerando comportamentos. Estudos indicam que nosso cérebro continua criando rede neural na vida adulta e até em idade avançada. 

Nossa primeira infância, dos zero aos sete anos, é o momento mais importante para formarmos nossa personalidade, crenças e muito do que hoje chamamos de mindset, o que em tradução livre para o português seria nossa forma de pensar. 

Nossos pais, familiares e amigos tem grande influência neste processo. Ocorre que quando o nosso cérebro sistematiza os comportamentos, entramos em modo automático, deixando de prestar atenção ao que estamos fazendo. Este é o começo do problema porque neste momento não estamos mais pensando, não estamos mais presentes.

Quando entramos na família somos bebês, nosso papel é de necessitado. Precisamos da família para absolutamente tudo, exceto chorar e processar o leite materno transformando em trabalho para os nossos pais. 🙂

Quando choramos, aprendemos que quando queremos algo, precisamos comunicar essa necessidade e alguém, neste caso nossos santos pais, virão nos socorrer e resolver todos os problemas, não é? Acontece que depois que conseguimos comer outros alimentos, descartar as sobras e nos higienizar, a era de ouro e bronze passa para outra fase. Começam as negociações para conseguirmos tudo o que queremos: doces, refrigerantes, brinquedos, assistir desenhos o dia todo e atenção infinita de toda a família e amigos dos familiares também, é aí que as chantagens e as birras começam.

Se notar, desde a mais tenra idade, nós Homo Sapiens sempre comunicamos a partir do que queremos, nossas necessidades, nosso mundo. Ótima estratégia quando somos bebês necessitados e de fato precisamos de todos para podermos continuar vivos, mas a medida em que crescemos, aprendemos e nos desenvolvemos, devemos ganhar independência, autonomia e responsabilidade. É chegada a hora de dividir o fardo com nossos pares, já temos condições de contribuir para o desenvolvimento da nossa família natural, bem como nossa família profissional, que segue as mesmas diretrizes do modelo familiar, ou seja, a hierarquia de referências.

A pergunta é: Quem em sã consciência vai querer sair das férias da infância e assumir o trabalho adulto? Eu disse trabalho adulto, não disse assistir à sessão da tarde comendo pipoca, voltar tarde da festa, ou comprar um carro e viajar com o seu amor para um lugar paradisíaco. Feliz ou Infelizmente esta escolha não é nossa, a vida acaba nos impelindo às responsabilidades, o que chamarei de mundo adulto. No mundo adulto, mais que em qualquer outro, precisamos ter a capacidade de negociar e nem sempre o ganha ganha é possível. Nossa tendência é querer o melhor para nós, e isso é normal e louvável, mas todo mundo quer o melhor para si. Então vem a pergunta? Quem vai ficar com a maior fatia do bolo?

Quem souber sair do seu próprio mundo e conseguir enxergar além, além de si, além de suas vontades. É assim que se torna possível alcançar certo equilíbrio nas negociações. O fato de meramente se colocar no lugar do seu interlocutor, já vai transformar a experiência da comunicação e da negociação também. Mas somente isso não será suficiente, precisamos entender como falar com as diferentes pessoas que vamos encontrar todos os dias em cada ramo da vida, desde os negócios, passando pela escola dos filhos, chegando até o restaurante, ou a oficina mecânica. O que todos estes lugares têm em comum? Se pensou pessoas, acertou! Todos querendo o melhor para si, muitas vezes esquecendo-se de nós. É como diz a frase: “Egoísta é quem não pensa em mim.”

Como base no que aprendi e uso sobre comunicação, afirmo que precisamos sempre perceber e tentar entender com quem estamos lidando, para então construir uma ponte entre esses dois mundos. Não há boa comunicação possível sem essa ponte.

Como usar a linguagem como aliada em vez de inimiga?

Seguem as 10 dicas da boa comunicação:

  1. Prepare-se para comunicar, planeje. As pessoas não estão dentro da sua cabeça, e possivelmente não leem pensamento.
  2. Escute para entender, não para responder.
  3. Quando alguém repetir algo, significa que acha que você não entendeu. Para resolver isso, basta repetir o que ela disse em forma de verificação. Ex: Pelo que entendi, você gostou do produto, mas ainda não definiu se agora é o momento, certo?
  4. Se ganhar uma discussão for a sua intenção, você não está conversando, está competindo.
  5. Nunca comece uma conversa dizendo o que não quer, ou o que não gosta. Se o seu interlocutor sentir que está sendo atacado, vai atacar de volta.
  6. Procure ser conciso, as pessoas tem outras coisas para fazer. Se precisarem de mais informações, naturalmente vão pedir.
  7. Transparência é essencial. Se você não souber a resposta, não invente. Diga algo como: Deixa eu confirmar isso, é mais seguro.
  8. Interromper as pessoas pode causar desconforto, deixe que completem o raciocínio. Às vezes a sua resposta está duas palavras adiante.
  9. Antes de propor soluções, certifique-se de que a pessoa não quer somente falar, ou desabafar.
  10. Se você se perceber corrigindo as pessoas, significa que não conseguiu transmitir a sua mensagem da forma que queria (não significa que a pessoa é burra). Tente uma metáfora, dê exemplos ou conte uma breve história.

Essas dicas são verdadeiramente funcionais e transformaram a minha forma de comunicar, trazendo muitos ganhos, inclusive financeiros. Entretanto, peço que não acredite em mim, fico me perguntando se você experimentaria para tirar as suas próprias conclusões, afinal somos diferentes e o que deu certo para mim, pode não ter o mesmo resultado para você, certo?

Alberto Martin é Sócio Fundador do Instituto Internacional de Influência. 

Master Practitioner em PNL, 

18 anos de experiência em vendas. 

Instrutor de Linguagem de Influência, com experiência Internacional.

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