No Interior do estado de Goiás, perto de uma pequena cidade chamada Piracanjuba, há lindas paisagens verdes e locais ideais para pescar e aproveitar a natureza.
Nessa região morava um velho pescador, que já tranquilo e realizado por suas conquistas ao longo da vida, dedicava-se à família, pesca recreativa e criação de alguns animais em seu pequeno sítio.
A sua alegria naquele momento de vida, era ver seus amigos e familiares sorrindo, experimentando a sua comida e contando as suas histórias.
Certa manhã, enquanto preparava seu anzol e imaginava os pratos que faria com os peixes que certamente apanharia, ouviu uma vozinha fina e esganiçada, que lembrava um personagem de desenho infantil, ela vinha de longe.
– Ei você!
Ele olhou ao seu redor, mas não viu ninguém. Imaginou que pudesse ter caído no sono e sonhado durante o cochilo, mas em alguns instantes ouviu a vozinha chamá-lo outra vez.
– Ei senhor pescador, olhe para cá!
– Uai, que diacho é isso? – disse ele meio confuso, olhando novamente para os lados e depois para a margem do lago.
– Estou aqui, aqui nas pedras, venha cá.
O pescador puxou os óculos do bolso da camisa e os colocou. – Que estranheza é essa? Eu ouço uma vozinha, mas não estou vendo ninguém – disse para si mesmo. Pegou o remo e começou a se aproximar das pedras que ficavam à margem do lago.
Era estranho, porque ele enxergava as pedras, as árvores logo atrás, ouvia a curiosa criatura, com voz de personagem de desenho animado, mas aparentemente não havia ninguém lá, nenhuma criança, nada que pudesse falar. Deteve-se por um instante questionando sua própria sanidade.
A vozinha tornou a chamá-lo.
– Pode continuar vindo, estou aqui na pedra grande e achatada.
Foi aí que percebeu de onde vinha aquela voz gasguita, era um sapo. O pescador firmou os olhos, tirou e colocou os óculos para ter certeza e sim era um sapo que estava falando, a boquinha dele estava mexendo.
– Meu Deus! Você fala?!
– Sim eu falo, canto e sei contar histórias, na verdade, eu sou uma linda mulher enfeitiçada por uma bruxa invejosa. Só você, que é um homem bom e sábio, pode quebrar esse feitiço; a única coisa que precisa fazer é me dar um beijo e voltarei a ser linda, exuberante e desejável – disse a criatura, fazendo bico de beijo.
Ao ver que o velho pescador não se aproximou, insistiu: – Teremos noites tórridas de amor, sou linda e formosa, vou realizar todos os seus desejos.
Agora, sim sem pensar duas vezes, o pescador pegou o sapo, deu uma boa olhada nele e o colocou no bolso da camisa.
E rindo alto, disse:
– Nessa altura da minha vida, prefiro um sapo falante, é muito mais divertido, meus amigos vão adorar! Hahaha
Moral da história: Cada coisa tem seu momento e nada tem valor absoluto. Ainda que algo lhe pareça muito valioso, só quem pode dizer o que de fato importa para si, é o seu interlocutor ou o seu cliente.
Se quiser escutar essa história, eu a gravei e coloquei no meu canal do YouTube
https://www.youtube.com/c/LinguagemdeInfluencia
Adaptado por Alberto Martin (Não criei essa história, não conheço o autor e por isso não o citei)
Instituto Internacional de Influência.